BOLETIM ABPM NOVEMBRO 18
Núcleo da Madeira amplia discussão sobre uso da madeira na construção
Com a participação de profissionais e entidades de diversas regiões do país envolvidos com õ
debate sobre o uso da madeira na construção civil, o Núcleo de Referência em Tecnologia da
Madeira promoveu um evento que viabilizou a formação de grupos de trabalho para propor
ações para disseminar uso da madeira no país.
Durante o evento, realizado em outubro, ficou definida a criação de cinco grupos de trabalho,
que devem divulgar um calendário de atividades nos próximos dias: Florestas, Componentes,
Educação, Projeto e Construção. Entre os temas que surgiram nos grupos estão questões como
a necessidade de discussão da legislação de incêndios, a produção de documentos e
publicações técnicas que possam ser usadas como materiais de apoio na formação profissional
e a legalidade da matéria-prima.
Na programação, além da apresentação das atividades do Núcleo, foi apresentado um painel
sobre a visão de cada segmento e sua inserção na cadeia construtiva com a participação do
coordenador do Programa Florestas do WWF-Brasil, Marco Lentini. Patrick Reydams, gerente
de Operações da Amata, falou sobre componentes; Marcos de Oliveira Costa, coordenador do
Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faap, abordou as deficiências na formação profissional
quando o assunto é estruturas de madeira. Já o engenheiro civil Hélio Olga, da Ita Construtora,
apresentou aspectos que devem ser considerados na concepção dos projetos em madeira e
Francisco Vasconcelos, vice-presidente do Sinduscon – SP apresentou pontos do mercado da
construção. O evento também contou com a participação de Pedro Moreira, diretor da
Tecverde, reconhecida pelo uso do sistema construtivo em wood frame, e da pesquisadora
Maria José Miranda, do IPT, que coordenou um workshop sobre identificação de madeiras.
A expectativa da organização do Núcleo é, ainda este ano, realizar novos workshops e eventos
para ampliar as discussões em torno dos temas apresentados e intensificar a troca de
conhecimentos e informações.
CBI Madeiras investe na autorregulação para alcançar mais resultados positivos
A auto fiscalização pode gerar resultados positivos, impactando na qualidade do produto e fazendo com que se torne referência no mercado. Este era o objetivo da CBI Madeiras e o Qualitrat, programa de autorregulação da Associação Brasileira de Preservadores de Madeira (ABPM), se encaixou perfeitamente nesta filosofia.
A CBI Madeiras – empresa de Minas Gerais com mais de 20 anos de mercado e unidades em Capelinha e Belo Horizonte, além de um escritório em Franca (interior de São Paulo) – buscou a certificação não apenas como um diferencial visando o consumidor final, mas, acima de tudo, como uma forma de alcançar importantes parâmetros de organização interna.
“O nosso objetivo com o Qualitrat era ter uma auto fiscalização, era criar ações e parâmetros internos de trabalho. Afinal, isso é muito importante. Queríamos nos fiscalizar da melhor maneira possível”, explica Paulo Maciel, diretor-presidente da CBI Madeiras. Por meio do programa, cada participante precisa cumprir vários processos internos e passa por critérios rigorosos de avaliação para receber um selo de qualificação.
Maciel destaca que o Qualitrat auxilia justamente neste contexto. “Em um mercado no qual basta entrar na internet para obter uma cotação, uma empresa que tem critérios mostra seriedade e isso é um diferencial. O Qualitrat nos dá esse diferencial”, garante o diretor-presidente da CBI Madeiras.
Ele ainda ressalta que o Qualitrat se soma a outras iniciativas da empresa, como os investimentos feitos em sua usina de tratamento de madeira, considerada hoje como a mais moderna da América Latina, de acordo com Maciel.
Foram investidos mais de R$ 3 milhões na ampliação do parque industrial, cujas obras foram finalizadas em julho de 2017. A usina atende a todas as normas de segurança, tanto no âmbito operacional quanto no ambiental. Entre os avanços citados pela CBI Madeiras estão o layout implantado na planta industrial, que permite a distinção dos pátios in natura e tratado, ou seja, quase sem riscos de contaminação dos materiais; e o Sistema de Captação de Águas da Chuva, sendo que esta é utilizada totalmente no processo de tratamento da madeira, o que o deixa ainda mais sustentável.
A CBI Madeiras ainda conta com um laboratório de análises físico-químicas, no qual é possível obter resultados imediatos da concentração, retenção, densidade, penetração e umidade da madeira.
A empresa produz madeiras para estacas, mourões, esticadores, esteios, cruzetas elétricas, postes, caibros e vigas, além de outras peças para a construção civil e aplicações na área rural.
A empresa ainda destaca que investe em florestas plantadas, desde o viveiro, plantio, manejo, corte e processo industrial, o que também garante benefícios aos seus clientes.
Qualitrat fortalece a marca Campo Alegre Madeiras
A Campo Alegre Madeiras, localizada em Capelinha (Minas Gerais), atua no mercado de florestas plantadas e madeira tratada há cerca de 15 anos. Em 2015, a empresa iniciou a busca por certificações e o Selo Qualitrat, da ABPM, foi aquele que mais se alinhou com os seus objetivos, segundo Marcelo Kohl, diretor da Campo Alegre Madeiras.
“A certificação Qualitrat faz parte de uma estratégia de fortalecimento da marca Campo Alegre, atestando e comprovando para o mercado e a sociedade as boas práticas do nosso sistema de produção de madeira tratada, garantindo qualidade, legalidade e sustentabilidade”, explica.
Para a obtenção do Qualitrat, os participantes devem seguir uma série de processos rigorosos, que vai culminar na obtenção do Selo. O objetivo é assegurar legalidade ao mercado de
madeira tratada, protegendo os produtores associados e os consumidores.
Kohl salienta que, a partir do Qualitrat, houve uma intensificação nos processos internos na empresa. “As boas práticas de produção, a legalidade e sustentabilidade já faziam parte da rotina de nossa empresa, porém, com o Programa, tivemos que intensificar nosso sistema de controle”, conta.
Com a certificação, a Campo Alegre Madeiras deseja firmar-se ainda mais no mercado de madeira tratada. “Esperamos que, em um mercado tão competitivo como o nosso, o Qualitrat,
bem como outras certificações que a Campo Alegre busca alcançar, faça com que nossa marca tenha a credibilidade necessária para atingir mercados cada vez mais exigentes”, comenta Kohl.
O diretor da Campo Alegre Madeiras garante que o Selo Qualitrat já agregou valor à marca da empresa e espera que isso possa crescer ainda mais. Para isso, ele aposta na divulgação do Selo Qualitrat, demonstrando a sua importância na regulação do segmento perante o mercado consumidor.
NA MÍDIA
As divulgações das ações da ABPM foram destaque na Revista Referência Industrial do mês de setembro, que deu espaço para a pauta sobre o trabalho de normalização do setor e para as
discussões realizadas durante a última edição do Workshop promovido associação.
Já a matéria sobre a construção com pontes de madeira foi destaque nos portais Madeira e Construção, Madeira Total e Remade.
DICA DE LEITURA
Manual de pontes
O Brasil conta com um manual de projeto e construção de pontes de madeira. Coordenado pelo professor Carlito Calil Junior, do Laboratório de Madeiras e de Estruturas de Madeira
(LaMEM) da USP de São Carlos, a publicação apresenta as recomendações para o projeto, dimensionamento e disposições construtivas de pontes tecnológicas de madeira com diversos
sistemas estruturais e construtivos em vigas e em placas. São apresentados exemplos de projeto com diversos vãos, classes de resistência de madeiras de acordo com as normas brasileiras da ABNT.
A iniciativa, que contou com a participação de profissionais da Associação Brasileira de Preservadores de Madeira (ABPM), como Elcio Lacerda Lana, atual vice-presidente da associação, fez parte do Programa Emergencial de Pontes de Madeira do Estado de São Paulo, Projeto Temático financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), realizado entre 2002 e 2007.
O manual está disponível para download .