BOLETIM ABPM DEZEMBRO 18
Prezados (as) associados (as),
Encerramos mais um ciclo marcado por muito trabalho, em um ano repleto de desafios
conjunturais por conta do momento econômico e político do país. O setor produtivo, mesmo
neste cenário, mais uma vez se mostrou preparado para enfrentá-los e permaneceu firme na
sua missão de gerar riquezas, empregos e contribuir para o desenvolvimento do país.
A expectativa geral é de que o Brasil tenha uma nova chance de voltar a crescer. Otimismo é a
palavra da vez, sem deixar de lado a vigilância para que os futuros governantes adotem
medidas que ajudem a destravar a economia e permitam que as empresas sejam mais
competitivas e, consequentemente, mais prósperas.
Neste final de ano, desejamos a todas as empresas associadas e a nossos parceiros, que este
seja um momento de reflexão e de renovação da esperança para que dias melhores sejam
construídos.
Reafirmamos nosso compromisso de zelar pela união do setor e de promover ações que
contribuam para a melhoria e o fortalecimento de todos os envolvidos na cadeia produtiva de
nosso segmento.
Em 2019, a ABPM completará 50 anos. Uma marca que carrega um importante simbolismo e
revela a solidez de uma instituição que já contribuiu muito para o setor de base florestal e está
preparada para fazer ainda mais.
Um Feliz Ano Novo!
Cordialmente,
Gonzalo A. Carballeira Lopez, presidente da ABPM
EVENTO
ABPM participa de encontro na UFPR
Qualidade da madeira preservada é tema de evento na UFPR
Associação Brasileira de Preservadores de Madeira foi uma das convidadas do encontro, e
apresentou seu programa de qualidade, além dos benefícios da adesão para o mercado
O Departamento de Tecnologia e Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná
(UFPR) realizou, no dia 07 de novembro, o I Encontro de Operadores de UTM (Usina de
Tratamento de Madeira), com o objetivo de promover a interação entre fabricantes, agentes
técnicos e usuários e discutir a madeira preservada e a qualidade do produto. A Associação
Brasileira de Preservadores de Madeira (ABPM) foi uma das apoiadoras do encontro, e teve
dois palestrantes representando a entidade: Fernando Lopes, diretor técnico do Instituto
Totum, que apresentou o Programa de Autorregulamentação da ABPM, o Qualitrat; e a
coordenadora técnica da instituição, Gislene Silva, que falou sobre a importância da
implantação de um programa de controle de qualidade nas empresas. Além disso, o vice-
presidente da Associação, Elcio Lacerda Lana, também esteve presente ao evento.
Durante sua apresentação, Fernando Lopes detalhou o processo de certificação do programa,
e destacou que a ação é voluntária por parte das empresas. De acordo com o diretor técnico, o
programa é autorregulado pelo Instituto, que atua como organismo de certificação. O
processo é, segundo ele, realizado pelo Totum e pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT),
e as decisões são feitas às cegas pela ABPM. Tudo isso traz confiança e credibilidade ao
Qualitrat.
Sobre os critérios para certificação, Lopes explicou que o programa é destinado apenas a
empresas associadas à ABPM, que, quando auditadas, devem atender a requisitos
mandatórios e desejáveis. Hoje, existem dois tipos de selo: adesão, em que é feita apenas a
auditoria documental e o selo pode ser renovado apenas uma vez; e pleno, que tem auditoria
documental e de campo, vigência permanente e reavaliação anual. Na avaliação do diretor
técnico, o Qualitrat atua mais no aspecto de gestão, e deve ser encarado como uma
ferramenta de diferenciação.
“Assim, é possível mostrar para o cliente o potencial de qualidade do produto. Diferentemente
de outros materiais, como um alimento, por exemplo, em que o cliente compra e sente no
gosto se ele está bom ou ruim, na madeira tratada às vezes só é possível saber se ela é boa ou
não depois de cinco ou dez anos. Muitas vezes, o fornecedor nem existe mais. Por isso, é
muito importante para o cliente ter garantia da empresa que ele está fazendo o negócio. Ou
seja: a adesão a um programa de qualidade deve ser encarada como um investimento, não
como um gasto. É uma forma de dar ao cliente a certeza de que a empresa sempre esteve e
sempre estará presente, provendo produtos bons”, garantiu.
Em seguida, foi a vez de Gislene Silva falar sobre “Controle de Qualidade é uma despesa?”.
Segundo ela, o processo de qualidade é regido por parâmetros, que são as normas técnicas.
Ainda de acordo com a coordenadora, o controle traz melhoria da qualidade do produto final,
maior credibilidade no mercado, aumento da eficiência, redução de custos operacionais, além
de maior confiança dos funcionários. Gislene também explicou que o processo envolve
diversas etapas, que avaliam forma de secagem; controle do teor de umidade; controle de
concentração e balanceamento da solução preservativa; controle da retenção e penetração;
entre outros.
Segundo a coordenadora, das 1233 amostras realizadas pelo IPT entre janeiro e julho, 5,9%
apresentaram retenção abaixo de 4 kg/m³ ou retenção mínima não atingida para o uso
indicado; e 17,9% de uso não identificado apresentaram retenção abaixo de 6,5 kg/m³.
“Isso mostra o volume de madeira tratada de baixa qualidade no mercado. A ABPM tem, hoje,
43 associados. Desses, 33 são usinas de preservação da madeira. O setor da construção civil
vem crescendo para a madeira, por conta do wood frame e CLT, que já são realidade no Brasil,
então podemos perceber boas perspectivas de crescimento devido às novas tecnologias. Por
isso, quem não tratar com qualidade, não vai conseguir aproveitar essa demanda. Sem dúvida,
a qualidade faz toda a diferença”, destacou.
Evento
Para Elcio Lacerda Lana, vice-presidente da ABPM, este tipo de encontro é muito importante e
reforça o desejo da Associação de aumentar sua presença no setor, pensando sempre de
forma institucional. “O mercado da preservação de madeira é um setor que lamentavelmente
ainda carece de uma maior aproximação, união e de um espírito mais institucional. Por isso,
participar de encontros técnicos como este ajuda a difundir essa visão e a mostrar o que a
Associação tem feito em prol do setor”, garantiu.
Ele avalia que é preciso mudar um pouco a visão que as empresas têm, o que pensam e de que
forma podem contribuir para o setor. Segundo o vice-presidente, se o setor não se organizar,
vai acabar perdendo espaço para produtos alternativos, como ferro, aço e o concreto.
“Não estamos tendo consciência disso, e se não fizermos nada com a questão da qualidade,
vamos perder mercado. Por isso, um dos objetivos da Associação é de estar mais presente,
ampliar a realização de workshops, participar ainda mais de eventos ligados à preservação de
madeira, para difundir essa ideia e levar conhecimento às empresas. Devemos focar em um
pensamento institucional, e a palavra-chave para isso é união. Precisamos mostrar que essa
união, a partir do associativismo e da adesão a selos de qualificação, como o Qualitrat, é de
grande importância para o setor. A madeira tem sido muito combatida pelos materiais
alternativos e que nem sempre são ecológicos. A madeira é ecológica, um recurso natural
renovável, então é importante que a ABPM sempre insista nisso e trabalhe para difundir esse
pensamento no mercado”, afirmou.
Fernando Lopes, do Instituto Totum, também elogiou a proposta do evento, ressaltando que
essa é uma iniciativa pioneira de reunir de unidades de tratamento de madeira. Segundo ele, a
troca de experiências entre os diversos atores do setor é fundamental, pois muitos ainda
encaram o mercado como uma competição entre unidades, o que, na avaliação dele, pode
levar a uma deterioração da qualidade. “Dessa forma, o mercado inteiro perde. O cliente vai
escolher outro produto que não a madeira”, disse.
Para Rui Maggi, professor da UFPR e organizador do encontro, o principal é mostrar às pessoas
que a qualidade pode trazer resultados; ou seja, ela não é somente um agregador de custos,
mas um agregador de valor, porque valoriza o trabalho e melhora a atividade.
“O evento surgiu a partir da percepção da carência desse tipo de informação entre os
usineiros. A divulgação não foi grande e as vagas acabaram em dois dias, o que foi uma
surpresa para nós. A partir deste encontro, percebemos que há demanda. Já temos mais ideias
para eventos na área. Acreditamos que isso tende a crescer muito e podemos multiplicar essa
proposta de várias formas, em diversos lugares do país”, completou.
NOVOS ASSOCIADOS
Lua Madeira Imunizada busca troca de experiências com outras empresas
A Lua Madeira Imunizada, empresa com sede em Nova União (Minas Gerais), se tornou
recentemente associada da ABPM pensando em aprimorar ainda mais o que sempre pautou os
seus trabalhos: a qualidade. Fundada em dezembro de 1994 por Sebastião Linhares, a empresa
procurou a instituição para a troca de experiências, visando a melhoria de seus produtos e do
atendimento aos seus clientes.
"Associar também significa fortalecer o segmento, dar credibilidade ao segmento. Estar
associado é estar ainda mais comprometido em fazer um trabalho sério", afirma Thulio
Linhares, sócio-diretor da Lua Madeira, ao lado da irmã Thalita Linhares, filhos do fundador da
empresa.
A Lua Madeira atende principalmente o mercado varejista, com produtos variados para
projetos em fazendas, sítios e condomínios, por exemplo. A empresa possui uma linha ampla
de madeira tratada e também possui madeira serrada, podendo atender diferentes demandas
dos clientes, não apenas com a madeira roliça. A Lua Madeira possui uma usina de tratamento
de madeira, prestando serviços para outras empresas também.
As expectativas são boas para 2019. "Seguimos muito focados em qualidade, foco no qual meu
pai construiu a empresa e obteve reconhecimento do mercado. Paralelamente, temos esta
perspectiva de confiança de que o ano será bom e temos até pequenos planos de ampliação,
dependendo de como 2019 se comportar. A empresa vem em uma constante e vemos que o
eucalipto tratado está ganhando cada vez mais espaço. Seguimos trabalhando para ganhar
ainda mais", comentou Linhares.
Teca Madeiras retorna à ABPM
A Teca Madeiras, empresa de Cristais Paulista (SP), voltou a ser associada da ABPM
recentemente. A decisão de voltar ao quadro da instituição ocorreu pela expectativa de
retomada de crescimento do mercado da construção civil, o que pode impactar diretamente
nos negócios da companhia, e pela constante busca por evolução.
O diretor executivo da Teca Madeiras, Rafael Sandoval Jacinth, destaca a importância do
associativismo para o fortalecimento do setor. “Isso é essencial para o nosso segmento, para
ganharmos ainda mais credibilidade junto ao consumidor e aumentar volume de vendas. A
ABPM tem muito a nos ajudar, especialmente quanto a isso e à normatização”, afirma
Jacintho.
A Teca Madeiras tem 17 anos de experiência de mercado, atuando especialmente no setor da
construção civil e em projetos na área rural. A empresa oferece diferentes produtos em
madeira preservada nestes dois segmentos, incluindo decks, assoalhos e estruturas de
madeira. Estas últimas se tornaram know-how da Teca Madeiras.
Segundo Jacintho, a expectativa da retomada da construção civil a partir de 2019 está
motivando a empresa. “Existem muitos investimentos represados e acredito que agora chegou
o momento para liberá-los. A parte da construção rural, nos últimos anos, ficou em uma
constante. No entanto, houve uma desaceleração na área da construção civil. A partir de
agora, há esta grande expectativa pela retomada neste setor específico, o que vai impactar
diretamente na Teca Madeiras, gerando uma estimativa de aumento no faturamento para o
ano que vem”, revela o diretor executivo.
NA MÍDIA
A participação da ABPM em evento promovido pela UFPR, em Curitiba (PR), foi divulgada nos
portais de notícias Madeira Total, Madeira e Construção, Mega Moveleiros, Remade, Celulose
Online e no site da UFPR, além de posts em páginas do Facebook.
Também em dezembro, a Associação divulgou o trabalho que vem sendo realizado dentro do
Programa Qualitrat, destacando as empresas que integram a iniciativa com inserções no
Celulose Online, Madeira Total e Remade.
Informamos que a ABPM fará um recesso a partir do dia 21 de dezembro. Retornamos às
atividades dia 7 de janeiro de 2019.