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Normas técnicas impactam na qualidade e nas demandas de mercado do setor de madeira

NORMALIZAÇÃO
Normas técnicas impactam na qualidade e nas demandas de mercado do setor de madeira

Qualidade, padrões e isonomia competitiva entre os fabricantes estão no radar do setor de madeira, que tem feito um trabalho intenso no desenvolvimento de normas técnicas no Brasil. A ABPM, como entidade representativa as usinas de tratamento de madeira, acompanha de perto e de forma ativa as revisões das normas vigentes e, até mesmo, a formulação de novas normas que estão em discussão. É o caso, por exemplo, da participação na Comissão de Estudos (CE) ABNT/CE-002:126.011 – que desenvolve a norma técnica do sistema construtivo wood frame.
No último encontro realizado em Curitiba (PR), em maio, foram apresentados os conteúdos dos trabalhos realizados pelos quatro grupos da norma – Materiais – Desempenho – Execução e Projetos, o encontro teve um avanço importante para a consolidação do texto inicial, cuja expectativa da Comissão é de que nos próximos meses seja enviado para consulta nacional.
Na avaliação do diretor adjunto de Normatização da ABPM, Leonardo Bernardi, a publicação desta norma será um marco para o setor de madeira no país, principalmente, porque vai viabilizar um uso maior do pinus. “Acredito que haverá um amento no consumo interno, mantendo a demanda aquecida um bom tempo já que será possível usar a madeira em paredes, lajes, além das estruturas de telhado”, avalia.
De acordo com informações da ABNT, o objetivo da normalização passa pela regulamentação dos setores produtivos, permitindo controle da variedade, eliminação de barreiras técnicas e comerciais, além de ser usada como referência para processos de certificação, informação técnica e nas relações comerciais.
Uma novidade recente para o setor foi a reativação da Comissão de Estudos de preservação de madeiras (CE-15) pelo Comitê Brasileiro da Madeira (ABNT/CB-31) para revisão da norma técnica NBR 16143, que trata da normalização de madeira preservada estabelecendo um sistema de categorias de uso para madeiras, com foco no tratamento preservativo para aumento da durabilidade dos sistemas construtivos.
A retomada dos trabalhos teve participação direta da ABPM em conjunto com o Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias e Tanoarias e de Marcenarias de Ponta Grossa, a empresa TWBrazil e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Recentemente, foi reativada também a Comissão de Estudos para revisão da NBR 16201 – Cruzetas roliças de eucalipto preservado para redes de distribuição elétrica. O objetivo, de acordo com Bernardi, é incluir no texto novas tecnologias de produção da cruzeta. “Todo o segmento elétrico deve ganhar com isso”, afirma o diretor.
Outro texto que está em desenvolvimento e impacta diretamente no consumo per capita de madeira é de madeira serrada. A Comissão de Estudos se reuniu durante o mês de maio para dar sequência às discussões acerca do projeto de norma de madeira serrada de pinus para a construção civil.
Normas publicadas
No ano passado, a ABNT publicou uma série de normas que fazem parte do escopo do Comitê Brasileiro de Madeira. Confira:
ABNT NBR 12498:2017 – Madeira serrada de coníferas provenientes de reflorestamento, para uso geral – Requisitos, que revisa a norma ABNT NBR 12498:1991. A revisão contemplou a adequação da norma para o novo formato, uma ação que está dentro das metas estabelecidas pela ABNT para atualizações de normas técnicas.
ABNT NBR 6236:2017 – Madeira para carretéis para fios, cordoalhas e cabos – Requisitos. O texto especifica os requisitos para madeiras utilizadas na fabricação de carretéis totalmente constituídos em madeira para fios, cordoalhas e cabos. Com isso, fica cancelada e substituída versão de 2004 da norma.
ABNT NBR 11137:2017 – Carretel de madeira para acondicionamento de fios e cabos elétricos — Dimensões e Estruturas. O documento estabelece os requisitos construtivos para carretéis utilizados no acondicionamento de fios e cabos elétricos e para estrutura de carretéis construídos totalmente em madeira, na forma de tábuas ou sarrafos.
Outras normas em revisão
ABNT NBR 7309:2011 – Armazenamento, transporte e movimentação dos elementos componentes dos carretéis de madeira para fios, cabos ou cordoalhas de aço
ABNT NBR 7310:2011 – Armazenamento, transporte e utilização de bobinas com fios, cabos ou cordoalhas de aço.
ABNT NBR 15316-2 – Painéis de fibras de média densidade – Parte 2: requisitos e métodos de ensaios, publicada no ano de 2014. Será realizada a avaliação do limite da emissão de formaldeído de painéis de fibra de madeira com o objetivo de readequar as normas brasileiras às internacionais.
ABNT NBR 14.810-2 – Painéis de partículas de média densidade – Parte 2: requisitos e métodos de ensaios, publicada no ano de 2013, também com foco no limite da emissão de formaldeído de painéis de fibra de madeira com o objetivo de readequar as normas brasileiras às internacionais.
ABNT NBR 7190 – Projetos de Estrutura de Madeira, está sendo revisada sob a coordenação do professor Carlito Calil Jr.

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