Nº 697 - OUTUBRO DE 2019
BODAS DE OURO
Confira a programação do evento em comemoração aos 50 anos da ABPM
No dia 12 de dezembro a ABPM recebe os representantes das empresas associadas e parceiros para a comemoração dos 50 anos de fundação da entidade. O evento será no Hotel Fonte Colina Verde, em São Pedro, interior de São Paulo.
Além da apresentação das ações desenvolvidas pela ABPM na área de Comunicação e dos avanços e novidades para o Programa de Autorregulamentação Qualitrat, a programação contará com palestras de convidados.
Já estão confirmadas as participações do superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Paulo Pupo, que irá falar sobre as potencialidade do setor de madeira; o arquiteto e diretor do Núcleo da Madeira, Marcelo Aflalo, para apresentar projetos contemporâneos com madeira de floresta plantada e tratada; e o engenheiro civil, coordenador da Comissão de Madeira Tratada para a construção civil da ABPM, Guilherme Stamato, com uma apresentação sobre o crescimento das construções em woodframe no Brasil e especificação técnica de madeira tratada para esses projetos.
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), parceiro da ABPM em diversas frentes, também participa do evento para discutir os aspectos técnicos no controle de qualidade de dormentes. Já Walker A. de Souza fará a palestra “A Experiência EDP na Inspeção de Postes de Madeira”.
Para confirmar sua participação, envie um e-mail para [email protected].
MERCADO
WoodTrade Brazil abordou oportunidades e desafios para o setor florestal
“O motor que precisamos para fazer o mercado florestal crescer é o investimento industrial”. Com essa afirmação, Jeferson Mendes, diretor da BM2C Consultoria em Negócios e Gestão, abriu a palestra “Investimentos florestais: oportunidades e desafios da indústria de base florestal”, que fez parte do 3º WoodTrade Brazil, evento promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e Malinovski, durante a Semana Internacional da Madeira, em Curitiba (PR). Na avaliação do diretor, o setor sempre foi muito relevante para o Brasil, apesar de pequeno. Para explicar, ele citou que, para cada R$ 10,00 exportados, R$ 1,00 é importado. Ou seja, apesar de o setor representar somente 1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, responde por 16% do saldo da balança comercial.
“Somos um grande player global, com boa posição no mercado global. Na América Latina, de um consumo total de 290 milhões de metros cúbicos por ano, o Brasil responde por quase 70%. Nossa indústria é essencialmente exportadora e, ao mesmo tempo, tem um mercado interno significativo. Alcançamos uma posição de destaque. Poderíamos ser muito maiores se fossemos, por exemplo, prioridade para o governo”, afirmou.
Mendes falou ainda sobre as oportunidades do mercado de base florestal e destacou que os mercados mais atrativos para madeira no Brasil estão no Paraná, Santa Catarina e São Paulo, e todos eles têm barreiras significantes para entrar. Além do Paraná e Santa Catarina, ele citou também que o Mato Grosso do Sul tem um potencial bastante grande.
“Nosso setor tem muitos ativos florestais para venda. Além disso, a resiliência do pinus à crise econômica merece destaque, e as terras aqui têm tido uma valorização significativa. Temos espaço para expansão industrial, novos projetos industriais surgiram, e tudo isso deve ser encarado como oportunidade. A economia brasileira tem a expectativa de crescer entre 2% e 3% nos próximos anos. Mas, para isso, precisamos colocar a casa em ordem”, completou.
Dados setoriais
Paulo Pupo, superintendente da Abimci, falou sobre as ações desenvolvidas pela Associação em defesa do setor madeireiro e florestal, em suas várias linhas de atuação, e citou como uma das principais atividades realizadas o lançamento do Estudo Setorial Abimci 2019, documento que mostra panoramas atualizados do setor madeireiro e florestal, dados socioeconômicos, geração de emprego e renda, as contribuições do setor para a economia brasileira e seus principais desafios para o crescimento.
Sobre a produção e o consumo, o superintendente da Abimci afirmou que quando comparado aos cenários da última edição do estudo, em 2016, alguns segmentos tiveram aumento efetivo de produção, mas que o consumo interno ficou estagnado e, em alguns casos, acabou diminuindo, por conta da apatia da economia nacional em importantes segmentos consumidores de madeira como o da construção civil, móveis e embalagens, que influenciam diretamente o setor. Diante desses cenários, naturalmente ocorreram algumas migrações de importantes volumes para o mercado externo, o que contribui para o aumento das exportações e o consequente aumento da oferta de alguns produtos. Por fim, o superintendente apontou que fusões e aquisições de ativos florestais vêm influenciando o suprimento florestal em algumas áreas produtivas do país.
Já com relação aos desafios, Pupo salientou que é preciso promover a renovação do parque tecnológico e fazer novos investimentos para aumentar a competitividade. Além disso, a possibilidade de acesso a novos mercados, destaca a necessidade de avanço na normalização e certificação dos produtos madeireiros. Outra frente de trabalho é para consolidação do sistema construtivo de casas em madeira – wood frame, que pode atender à demanda nacional de moradias e, consequentemente, garantir aumento do consumo per capita de madeira no Brasil, inclusão em linhas de financiamento oficiais, ganho de escala e velocidade de execução e custos competitivos em outros sistemas construtivos.
“Por fim, temos que estar atentos às barreiras comerciais tarifárias e não tarifárias, origem legal da madeira, certificações técnicas internacionais e nacionais, acordos comerciais e cooperação bilateral. Precisamos ser responsáveis pelas regras e leis locais para entrega do produto de madeira que os órgãos de destino exigem, ou estaremos fora do jogo”, concluiu.
Fonte: Assessoria de Imprensa Abimci
CONSTRUÇÃO CIVIL
Congresso Woodrise
A cidade de Quebec, no Canadá, recebeu em outubro a segunda edição do congresso internacional Woodrise 2019, evento promovido pelo Instituto Francês de Tecnologia para os setores florestal e de mobiliário (FCBA), e FPInnovations, do Canadá.
O engenheiro civil especialista em estruturas de madeira e coordenador da Comissão de Madeira Tratada para a construção civil da ABPM, Guilherme Stamato, participou do evento compartilhou as principais novidades deste ano. Confira:
Compartilhar conhecimento é caminho para evolução na construção em altura com madeira
Crescimento em escala é próximo passo para as construções de prédios em madeira no mundo
Evento discute sistema construtivo wood frame
Como ampliar o conhecimento dos profissionais de construção e arquitetura, bem como da sociedade em geral, sobre os benefícios do sistema construtivo wood frame foi o tema principal do Wood Lab que a Rhodia, empresa do Grupo Solvay, realizou com representantes de toda a cadeia industrial do setor de madeira no início de outubro, em Paulínia (SP).
Antes do painel de discussões, os participantes tiveram oportunidade de visitar a primeira biblioteca infanto-juvenil da América do Sul construída com apoio da Rhodia, clientes e parceiros, construída no sistema wood frame.
Com projeto dos arquitetos Roseana Monteiro e Elton Casarin, a biblioteca foi erguida na praça Pedro Cané, contígua à Fundação Síndrome de Down, em Barão Geraldo (Campinas -SP), que recebe em 2019 a Mostra+Sustentável, um evento anual de arquitetura, paisagismo, design, gastronomia e cultura realizado para promover o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social. O equipamento ficará como legado para a Fundação e para a comunidade local.
Método sustentável – O wood frame é um método construtivo que existe há pelo menos 100 anos na América do Norte e é largamente utilizado na Europa. Trata-se de um método de construção diferente do tradicional, pois dispensa o uso de cimento preparado em obra, os tijolos e as armações convencionais. Uma construção em wood frame pode ser planejada de forma tão racional, que quase não produz desperdício, a obra é seca e limpa e gera muito menos resíduos.
Por conta dos seus benefícios, aos poucos o sistema construtivo wood frame vem sendo aplicado no Brasil, devido ao forte trabalho de conscientização e sensibilização promovido pelas associações da indústria da madeira do País e da formação de profissionais especializados nessa área.
“Há enormes oportunidades para o crescimento dessa cadeia produtiva, que envolve os produtores da madeira, os seus fornecedores, os construtores, engenheiros, arquitetos, projetistas e o pessoal da academia”, disse Antonio Leite, Vice-Presidente Global de Fenol e Derivados e Solventes do Grupo Solvay. A Rhodia, com sua área de negócios do Fenol e Derivados, é tradicional fornecedora de insumos e matérias-primas para o setor de madeira.
Fonte: Assessoria de Imprensa Grupo Solvay
PESQUISA
Maior congresso de pesquisa florestal do mundo termina fortalecendo a posição do Brasil na comunidade científica
AGENDA
A exposição bienal reúne empresas da indústria, comércio e serviços da construção das regiões Norte e Nordeste do país. A empresa associada Venturoli é uma das expositoras desta edição.
Para saber mais acesse: www.finnec.com.br.
25/10 – Reunião ABNT/CE Sistemas construtivo wood frame – Curitiba (PR)
18 a 20/11 – 4º Congresso Latinoamericano de estruturas de madeiras (Uruguai)
Boletim informativo mensal da Associação Brasileira de Preservadores de Madeira (ABPM)
Contato: [email protected] – www.abpm.com.br
Jornalista responsável e redação: Juliane Ferreira – MtB 04881/PR
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