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Empresas de preservação de madeira buscam certificação para se destacar no mercado interno

Sugestão de pauta
QUALITRAT
Empresas de preservação de madeira buscam certificação para se destacar no mercado
interno

Programa de autorregulação da Associação Brasileira de Preservadores de Madeira, Qualitrat
atesta qualidade e legalidade de produtos tratados
Empresas tradicionais no setor de tratamento de madeira estão apostando em dar ainda mais
garantias ao consumidor para ampliar o consumo desses produtos no Brasil. Por meio da
certificação obtida com o Programa de Autorregulamentação – Qualitrat é possível comprovar
a qualidade e a legalidade ao consumidor da madeira preservada. A iniciativa é desenvolvida
pela Associação Brasileira de Preservadores de Madeira (ABPM) em parceria com o Instituto
de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Instituto Totum. Segundo o presidente da Associação,
Gonzalo Lopez, o programa foi criado para que o setor pudesse ter um padrão para a
qualidade, tanto dos produtos, como a comprovação de legalidade da empresa de seus
associados.
A auto fiscalização pode gerar resultados positivos, impactando na qualidade do produto e
fazendo com que uma marca se torne referência no mercado. Este era o objetivo da CBI
Madeiras, que produz madeiras para estacas, mourões, esticadores, esteios, cruzetas elétricas,
postes, caibros e vigas, além de peças para a construção civil e outras aplicações na área rural.
A CBI Madeiras – empresa de Minas Gerais com mais de 20 anos de mercado e unidades em
Capelinha e Belo Horizonte, além de um escritório em Franca (interior de São Paulo) – buscou
a certificação não apenas como um diferencial visando o consumidor final, mas, acima de
tudo, como uma forma de alcançar importantes parâmetros de organização interna.
“O nosso objetivo com o Qualitrat era ter uma auto fiscalização, era criar ações e parâmetros
internos de trabalho. Afinal, isto é muito importante. Queríamos nos fiscalizar da melhor
maneira possível”, explica Paulo Maciel, diretor-presidente da CBI Madeiras. Por meio do
programa, cada participante precisa cumprir vários processos internos e passa por critérios
rigorosos de avaliação para receber um selo de qualificação.
“Em um mercado no qual basta entrar na internet para obter uma cotação, uma empresa que
tem critérios mostra seriedade e isto é um diferencial. O Qualitrat nos dá esse diferencial”,
garante o diretor-presidente da CBI Madeiras.
Quem também acredita na importância da regulação do mercado para uma maior
padronização é a empresa Venturoli, da cidade de Camaçari, na Bahia, que desde 1988 vem
produzindo cruzetas de madeira para postes de linhas de energia, além de pilares, vigas, decks,
assoalhos, escadas, estacas e mourões com eucalipto tratado. “Esperamos que, com a
certificação, o cliente final saiba quem efetivamente seguiu todas as regras e cumpriu a
legislação vigente”, comenta Maíra Venturoli, representante da área Comercial da empresa.
Ela acredita que a certificação será muito importante para demonstrar ao cliente final a
posição da empresa no compromisso com a qualidade. A representante da Venturoli salienta
ainda que passar pelo processo do Qualitrat também trará outros benefícios para a empresa,
como rever a organização interna e a área de documentação, além de outros rituais que não
são visíveis aos olhos do consumidor, mas que são essenciais para o resultado final.
De acordo com Fernando Lopes, presidente do Instituto Totum, responsável pela gestão e
auditoria do Programa, a certificação considera critérios de habilitação e idoneidade jurídica,

gestão da qualidade de processos, gestão ambiental, regularidade social, trabalhista, gestão de
Saúde e Segurança, além de compromissos éticos e de responsabilidade social.
Outra associada que participa do Qualitrat é a Madtrat, empresa de Santa Cruz do Rio Pardo
(SP), que está há 22 anos no mercado de produtos e artefatos de madeira preservada
provenientes de floresta plantada. Segundo Jackson Cesar Correia Alves, diretor Comercial da
Madtrat, a empresa optou por participar do Qualitrat não apenas para ter o diferencial da
qualidade ou buscar uma posição no mercado. “Para nós, a qualidade é uma regra. Mas a
certificação nos trará bons resultados, atingindo novos públicos e novos clientes. O selo de
qualidade vai abrir novas portas. Tudo isso parte de uma visão de futuro”, comenta.
Quem também encontrou no Qualitrat princípios alinhados aos objetivos da empresa foi a
Campo Alegre Madeiras, de Capelinha (Minas Gerais), que atua no mercado de florestas
renováveis e madeira tratada há 15 anos. “A certificação Qualitrat faz parte de uma estratégia
de fortalecimento da marca Campo Alegre, atestando e comprovando para o mercado e a
sociedade as boas práticas do nosso sistema de produção de madeira tratada, garantindo
qualidade, legalidade e sustentabilidade”, explica Marcelo Kohl, diretor da Campo Alegre
Madeiras.
Kohl salienta que, a partir do Qualitrat, houve uma intensificação nos processos internos na
empresa. “As boas práticas de produção, a legalidade e sustentabilidade já faziam parte da
rotina de nossa empresa, porém, com o Qualitrat, tivemos que intensificar nosso sistema de
controle”, conta.
O diretor da Campo Alegre Madeiras garante que o Selo Qualitrat já agregou valor à marca da
empresa e espera que isso possa crescer ainda mais. Para isso, ele aposta na divulgação do
Selo Qualitrat, demonstrando a sua importância na regulação do segmento perante o mercado
consumidor.
Na avaliação do presidente da ABPM, este é apenas o começo de um processo sem volta no
campo da certificação. “Cada vez mais o mercado vai exigir comprovação de qualidade e
compromisso com a legalidade. O objetivo é ampliar a participação das empresas associadas,
para que o setor dê mais segurança ao mercado e, consequentemente aos consumidores,
aumentando o uso de produtos de madeira preservados”, completa Lopez.



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